domingo, 14 de março de 2010

O futebol enquanto metáfora para a vida...



...e então você tem um fim de semana medíocre...problemas de cunho emocional, financeiro, familiares...tristezas sociais como a morte prematura e estúpida do cartunista Glauco ( a quem homenageio colocando um cartum seu ilustrando o post)...distrações mesmo são poucas...uma delas, o futebol e esse, ultimamente, para nós palmeirenses, tem sido muito mais fontes de dor de cabeça do que de alegrias...
Daí, alguma coisa que não vai alterar em nada o seu cotidiano acontece e, tal qual uma primavera extemporânea, traz de volta as cores e as flores que as nuvens do dia-a-dia esmaeceram...
Poderia ter sido um texto do Rubem Alves, um poema do Fernando Pessoa, uma música da Mercedes Sosa cantada pela Adriana Mezzadri...mas não foi...não foi uma obra de ficção nem um fruto de nenhuma imaginação artística que fez por onde dar um novo alento a uma existência (que falo por mim, mas com certeza em nome de tantos outros).
Como nas melhores narrativas bíblicas ou mitológicas, havia um embate marcado com vitorioso pré-estabelecido: e, como na melhor tradição ocidental, aquele confirmou de plano sua superioridade, subjugando ainda mais aquele exército inferiorizado perante os outros e, principalmente, perante a si mesmo...
Mas, de repente, alguma coisa acontece...
E nesse "acontecer" desperta-se um gigante, e Davi derrota Golias, e encontra-se um calcanhar vulnerável no poderoso Aquiles, e a tartaruga vence a lebre na corrida...e tudo isso acaba passando para quem acompanha tão apaixonadamente essa coisa chamada futebol a sensação de que "Sim, se pode!". Nada mais simbólico e reconfortante do que começar uma segunda-feira em que, em tese, já se começa derrotado com uma sensação de que sim, dá para virar o jogo...



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